terça-feira, 19 de agosto de 2008

Submergir ou pular de pára-quedas?

Disse o pastorzinho que vigiava as cabras e observava o lobo seduzi-las:
- Pobres criaturinhas, vão com deus.
Ele sabia que não havia deus, sabia que as abandonava, que elas teriam medo, pesadelos e sangrariam na hora da morte. Era essa a idéia!

Precisava se restabelecer, tomar um ácido lisérgico, fumar muita maconha e ficar no mínimo uma semana trancada em casa sofrendo de crise existencial, crise financeira, crise estratosférica (Das posições dos planetas? Não, entre 18 e 50 metros de altitude...), crise da puta que o pariu, crise até por debaixo dos panos e por dentro da boca.
Mas não estão remunerando esmorecimentos.
Imergir.
Senão não come, não bebe, não pira, não respira.
Não deu tempo de achar a chave perdida no fundo do lago, a boca lambuzada de mel ou as pérolas no gramado. O que lhe resta em um domingo ensolarado é aproveitar para lavar roupa.

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imagem: Jean Beraud

3 comentários:

Pablo Petro disse...

ja faz tempo desde a última vez!
Sua lisergia contagia, e como sou ordinário tomo um banho com água fria...
bom procuro alternativas mesmo andando abraçado com o pessimismo.
beijos e uma paz budista pra ti.

Anônimo disse...

Assim como a sombra do sol na cara, muitas vezes passei aki sem ser visto ou ouvido...
Mas não quer dizer que eu naum vim.

Siguilita disse...

mistério.............hahaha