quarta-feira, 1 de julho de 2009

O globo que corre ou eu que retardo?


Entre a inocência e a indecência há um caminho de pontas de espadas, mentiras e pulsação acelerada.

Pensar em certos assuntos me dói o estômago.

Os imprudentes se precipitam, e os prudentes demais, bem, os prudentes demais não fazem nada além de exercer a prudência.


Vou correndo.

- Vá depressa, pois o tempo está para chuva.

Piso em falso, caio, derrubo tudo dos bolsos, da bolsa, das mãos.

Minha identidade secreta é quase revelada.

Mas não me tocam.

Nunca alcançam...


Com que deleite o insensato perde o juízo?

Em qual delícia sacrifica o bom senso?

Entre o tapete vermelho e a porta dos fundos?

Entre a certeza e a dúvida em um segundo?


Parece que tenho que parar por aqui,

Já esta tarde e preciso ir dormir.

O fato é que sofro, o que não é bom em tempo algum. Por que sofro? Ponha-se você no meu lugar e terá o gosto da resposta, não julgo necessário elucidar o óbvio. Poderá você me entender? Será uma questão de relógio biológico desordenado? Relógio cronológico desarranjado?

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imagem: Bernard Buffet

2 comentários:

Alexandre Gava disse...

Adorei! Intenso e fascinante.
Mas, garota, tô de cara!!!
Mal reconheço em ti aquela menina que conheci lá nos cafundós das estâncias quase argentinas deste estado. Dela, só lhe vejo no rosto o mesmo sorriso, maroto e intransigente, a provocar enfrentamentos por puro deleite. Cartão de visita aos incautos que ousassem lhe enfrentar (sua mãe que o diga, hehehe).
Fico feliz por encontrar, nos cantos e recantos de Curitiba, mais um cérebro evoluído.

Madame A. disse...

Sig....
Li e conclui:
esse é 'top'.
Fodástico!rs