Definitivamente tem coisas que não consigo descobrir até que ponto me fazem bem e quando é que começam a me prejudicar...
Sim, pode ser preocupação, pode ser amor, pode ser sei lá o que, ou só curiosidade exacerbada. Mas esse negócio de todo mundo ficar me perguntando se vou casar ou comprar uma bicicleta encheu o saco tudo que podia, a partir de agora parto para ignorância, o primeiro que fizer pergunta similar vai receber como resposta que vou virar puta... sim PUTA. Puta como o Sarney, como a famosa e não sei se real Ilda Furacão (Enfim o que é real?), puta, puta.
Sim, pode ser preocupação, pode ser amor, pode ser sei lá o que, ou só curiosidade exacerbada. Mas esse negócio de todo mundo ficar me perguntando se vou casar ou comprar uma bicicleta encheu o saco tudo que podia, a partir de agora parto para ignorância, o primeiro que fizer pergunta similar vai receber como resposta que vou virar puta... sim PUTA. Puta como o Sarney, como a famosa e não sei se real Ilda Furacão (Enfim o que é real?), puta, puta.
O hospital que eu nasci virou um hotel... ainda não formei opinião a respeito.
Até porque tudo o que eu sei é que acharei ovos de dinossauro, mas céus, eles não entendem nada de ovos de dinossauros, se eu falar isso me acusarão de louca, aqueles desinformados sobre dinossauros e seus ovos.
Eu tento não ser cruel.
Eu tento calar a boca.
Juro que tento.
Então, lá pelas tantas da madrugada, em um lugar longínquo e quase alienígena para mim, me traio. Falo o que penso, digo que não acredito e mando tudo à merda:
- Senhoras e senhores vão à merda!
(Tenho impressão de já ter escrito isso por aqui.)
Melhor, fiquem aí mesmo, no mesmo lugar de cem anos atrás, EU ME VOU, eu já fui há muitos anos. E só estou me incomodando mesmo por causa da época do ano, essa semana de abril, esse vento que vem a cavalo, e esse redemoinhos de poeira, não sei porque tudo isso me deixa sensível.
Sinto saudades, sempre tenho saudades, não das convenções, regras, padrões e normas, não da “falta” do que ler para ter o que pensar e depois o que dizer, não da parte podre, isso encontro sem cessar, sinto falta das pessoas que amo. E embora quando as olhe sinta pesar pela escravidão que vejo – a qual julgo ser maior que a minha-, é simultaneamente, uma escolha individual, na qual não tenho direito de intervir e nem desmerecer.
(Me perdoem às vezes eu julgo... )
Por isso parti, para não me adaptar...
E quanto a saudade? Bem, é uma angústia incurável em alguns casos mais acentuada. Porque sim, é possível sentir saudades o tempo todo e nem saber do que é que se tem saudades, porque é perfeitamente cabível estranhar o que não se conhece. Assim, dessa forma, em alguns casos ela tortura, mas como já disse não há o que fazer, não tem cura.
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Imagem: Georges Seurat
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