sexta-feira, 31 de agosto de 2007

MEDO DA POLÍCIA

Aqueles os quais deveriam trazer-nos segurança, ou ao menos a sensação dela, provocam tanto medo quanto a chegada de um exército inimigo. É um fato, as pessoas temem a polícia, e com razão, afinal a sua atuação é imprevisível e, por isso, nunca se sabe onde nossos “protetores” descarregarão suas frustrações, se no cidadão desalinhado, num transeunte qualquer ou mesmo em um bom seguidor das leis.
Não é estranho aos nossos dias agressões e abusos policiais. Ao que me parece agem como bois embrutecido e emburrecidos, capazes de matar a todos na “porrada”. Deveriam trazer em suas fardas os dizeres: direito de matar, roubar, espancar, torturara e prostituir. Assim, um desavisado visitante de outro país ou planeta, já saberia como agir com tais autoridades desde o principio, ou seja, ser submisso sob qualquer pretexto.
Se nossos “benfeitores” fizessem seus papéis conseqüentemente seriam respeitados, e teriam a população ao seu lado. Entretanto, os funcionários da policia parecem querer estar sobre os cidadãos, como as divindades gregas que eram apoiadas em todos os seus caprichos. É obvio que merecem apreço, mas só quando souberem respeitar-nos, o que, infelizmente, parece estar longe de acontecer. O respeito imposto sempre trás maus resultados, e tende a um motim. O qual só não aconteceu ainda porque aqui no Brasil as pessoas demoram a tomar providencias, principalmente quando se trata de exigir seus direitos.
Não os culpo sozinhos por seu despreparo físico e sobretudo psicológico para ocupar tal cargo na sociedade. Um individuo que pode portar uma arma sob uma lei que o proteja e declarar suas vontades como às do Estado, deve ter o mínimo de equilíbrio e autocontrole. Nossos governantes com certeza não ignoram isso, mas não é em seus filhos que a policia atira loucamente, sem causas suficientes. Pois não sei qual o conceito que usam, mas a meu ver para se levar um tiro no meio da testa deve-se ter um bom motivo. Todos têm culpa. Eu e você por não protestarmos, o governo por não tomar providencia e o policial que se excede acreditando ser a autoridade máxima das ruas.
Uma solução é possível, mas exige comprometimento e verbas, para financiar uma reelaboração no modo de contratar e preparar nossos oficiais da lei. Os “civilizadores”da nação devem passar por testes quando a personalidade e modos de conduta; devem ser seres pensantes; devem ser despojados de preconceitos (o máximo possível) pois entrarão em contato com todos os modos de pensar que estão por ai; devem saber como agir e porque não, ter um pouco de boa educação; devem ter bons salários, para alimentar sua dignidade. Mas acima de tudo, devem ser punidos quanto as suas faltas, afinal, não é de hoje que o descaso ínsita a corrupção e a criminalidade.

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