segunda-feira, 29 de setembro de 2008
A PIRA DA PARANÓIA PARALELA
Não vou me manifestar sobre o circo armado, os palhaços e os animais adestrados. Não vou discorrer sobre o desrespeito com os cidadãos, sobre como o povo é burro e facilmente manipulável e nem me lamentar pelo fracasso da democracia.
O que tenho e quero dizer é que o pessoal da “Bicicletada” é do caralho. Em meio a toda aquela balburdia que nada significava além de interesses pessoais e joguinhos de poder, inacreditavelmente defendidos por pobres (no sentido literal ou não da palavra), a bicicletada era o único movimento que realmente possuía e possui uma causa. O meu voto vai para a bicicletada!
Aninha do meu coração adorei sua visita, como sua companhia. Você sabe o quanto sinto falta de sentar ao seu lado, tomar um chá e dar boas risadas. Coca-cola com sanduíche é um manjar quanto você come com os amigos, mas se uma de nós tivesse grana para um camarão na moranga ia também né .... hahaha AMO-TE
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imagem:Elena Caravela
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
DOMINGO-FEIRA
O pior não é o domingo, é todos os dias parecerem-se com o domingo e eu com um cogumelo estragado. O frio lá fora e eu no covil, muito além, a caça, o predador. O que sou?
Essa falta que sinto de quem não conheço, dos lugares que não fui e dos gostos que não senti, nunca acalma, nunca acaba, nunca da folga. E fico aqui sofrendo nem sei por quê. Fumando e bebendo sem comer.
Ah...
Ah...
Ah...
Vou falar um palavrão e fumar um pra relaxar.
Fazer sexo pra esquecer.
E NÃO QUERO MAIS NEM SABER DE VOCÊ!
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imagem: Naoto Hattori
domingo, 21 de setembro de 2008
little DOG
sábado, 20 de setembro de 2008
BLUE SKY
Para curtir um death samba mortal que passei aquela porta,
que bebi daquele trago,
que tirei a minha roupa.
Para transcender o ordinário que comi aquela flor,
que traguei aquela bola,
que suguei veneno e vinho.
Meu corpo todo arrepiava.
Um bombardeio cerrado na minha’alma se alastrava.
Quimeras, cinzas, crateras,
Desejos, anseios.
Um show de death samba mortal e eu lá pelo meio.
que bebi daquele trago,
que tirei a minha roupa.
Para transcender o ordinário que comi aquela flor,
que traguei aquela bola,
que suguei veneno e vinho.
Meu corpo todo arrepiava.
Um bombardeio cerrado na minha’alma se alastrava.
Quimeras, cinzas, crateras,
Desejos, anseios.
Um show de death samba mortal e eu lá pelo meio.
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imagem: Viktor Alshevsky
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
domingo, 14 de setembro de 2008
tão linda e tão pouco prática...
Todos Juntos
Os Saltimbancos
Composição: Enriquez - Bardotti - Chico Buarque
Uma gata, o que é que tem?
- As unhas
E a galinha, o que é que tem?
- O bico
Dito assim, parece até ridículo
Um bichinho se assanhar
E o jumento, o que é que tem?
- As patas
E o cachorro, o que é que tem?
- Os dentes
Ponha tudo junto e de repente vamos ver o que é que dá
Junte um bico com dez unhas
Quatro patas, trinta dentes
E o valente dos valentes
Ainda vai te respeitar
Todos juntos somos fortes
Somos flecha e somos arco
Todos nós no mesmo barco
Não há nada pra temer
- Ao meu lado há um amigo
Que é preciso proteger
Todos juntos somos fortes
Não há nada pra temer
Uma gata, o que é que é?
- Esperta
E o jumento, o que é que é?
- Paciente
Não é grande coisa realmente
Prum bichinho se assanhar
E o cachorro, o que é que é?
- Leal
E a galinha, o que é que é?
- Teimosa
Não parece mesmo grande coisa
Vamos ver no que é que dá
Esperteza, Paciência
Lealdade, Teimosia
E mais dia menos dia
A lei da selva vai mudar
Todos juntos somos fortes
Somos flecha e somos arco
Todos nós no mesmo barco
Não há nada pra temer
- Ao meu lado há um amigo
Que é preciso proteger
Todos juntos somos fortes
Não há nada pra temer
E no mundo dizem que são tantos
Saltimbancos como somos nós.
Os Saltimbancos
Composição: Enriquez - Bardotti - Chico Buarque
Uma gata, o que é que tem?
- As unhas
E a galinha, o que é que tem?
- O bico
Dito assim, parece até ridículo
Um bichinho se assanhar
E o jumento, o que é que tem?
- As patas
E o cachorro, o que é que tem?
- Os dentes
Ponha tudo junto e de repente vamos ver o que é que dá
Junte um bico com dez unhas
Quatro patas, trinta dentes
E o valente dos valentes
Ainda vai te respeitar
Todos juntos somos fortes
Somos flecha e somos arco
Todos nós no mesmo barco
Não há nada pra temer
- Ao meu lado há um amigo
Que é preciso proteger
Todos juntos somos fortes
Não há nada pra temer
Uma gata, o que é que é?
- Esperta
E o jumento, o que é que é?
- Paciente
Não é grande coisa realmente
Prum bichinho se assanhar
E o cachorro, o que é que é?
- Leal
E a galinha, o que é que é?
- Teimosa
Não parece mesmo grande coisa
Vamos ver no que é que dá
Esperteza, Paciência
Lealdade, Teimosia
E mais dia menos dia
A lei da selva vai mudar
Todos juntos somos fortes
Somos flecha e somos arco
Todos nós no mesmo barco
Não há nada pra temer
- Ao meu lado há um amigo
Que é preciso proteger
Todos juntos somos fortes
Não há nada pra temer
E no mundo dizem que são tantos
Saltimbancos como somos nós.
MINHA PRINCIPAL CAUSA SOU JO!
Acredito e aplico a força libertadora do palavrão, para descontentamento da minha mãe é claro, que nunca se conformou com a boca suja que pôs no mundo. A esperança é que um dia pare com isso, pare de fumar, de beber e ser doidivanas (Ela é a única pessoa que conheço que usa essa palavra!). Quanto a casar e ter uma horda de filhos barrigudinhos e ranhentos sugando minhas forças e dinheiro, ela já se resignou, respeita o que penso. Sarava!
Nada mais lógico do que dedicar minha única existência a mim. Fundamentada na afeição que sinto por meus irmãos e na educação familiar e tradicional que recebi, resquícios de antepassados vindos da Itália, creio que se tiver um filho nunca mais irei dormir tranquilamente. E acreditem desejo profundamente gozar de um sono sereno.
Como deixei de ser socialista para tornar-me egoísta?
Conjecturo, foram as várias Luas e Sóis que passaram por meus dias, foi a libertação de tudo aquilo que deixei de acreditar e o bater do martelo de minhas novas verdades. O existencialismo que se alastrou, o cristianismo que pereceu e não ressuscitou nas minhas conclusões, a necessidade de satisfazer meus desejos e absolver meus pecados. Pensei, pensei, pensei e pensando mudei.
Não quero alterar o mundo não, só estou tentando pagar minha conta de luz. Até me comovo, mas sem altruísmo barato, até faço a minha parte, entretanto para comigo mesma em primeiro lugar.
Acho triste a falta geral de paz, comida e dinheiro. E oponho-me essencialmente a eu, pessoa, Caroline Signori Berticelli, ter que trabalhar o dia inteiro...
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imagem: Jean Beraud
sábado, 13 de setembro de 2008
Influenza
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Não fui de cocar
Não é para desfazer não, foi um evento interessante, embora, não possa afirmar que estava divertidíssimo, sabe como é. Que as velhinhas estavam alvoroçadas não posso negar, mas o Agnaldo Rayol não faz bem o meu tipo de homem desejável, nem toca meu estilo de música escutável. Talvez meu vô fosse gostar, se ele estivesse vivo... (sem nenhum veneno juro!)
O legal da noite mesmo foi estar com meus confrades lá. Os amigos sempre salvam!
Quanto ao show em si, fico feliz (o que não interessa para ninguém: o que eu penso ou deixo de pensar...haha) que a chamada terceira idade/melhor idade e as milhões de pessoas que ela representa, tenham cansado de esperar a morte sentados vendo televisão e assistindo a vida dos outros.
E pensar que tem quem espera sempre, todas as manhãs, todas as tardes, todas as noites de sua vida. Mas isso já é uma questão existencial e estamos falando do Show do Agnaldo no Festival da Melhor Idade, e eu já falei tudo.
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imagem: Elena Caravela
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Nos pântanos e jardins cavando as covas dos querubins.
Tenho que escrever em letras grandes e fazer desenhos primários?
Puta que o pariu, caralho!
Conservo-me musical...
Hoje em plena quinta-feira, aos 23 anos, sou ou estou temperamental?
Essa canção ensurdecedora, gritando, aqui, a um passo do meu olho esquerdo. O que faço com esses raios que saem da minha cabeça? Aproveito pra matar alguém? Mato o cachorro filho d’puta que não sai da minha porta? Até fugi pelo cemitério, mas ele continuou lá, na minha cola, odeio esse cão.
Falando em animais, fui para vacinas e de vacinas para a vacina da Rubéola, a qual já tomei. E você? Vai lá Moniquita...
Puta que o pariu, caralho!
Conservo-me musical...
Hoje em plena quinta-feira, aos 23 anos, sou ou estou temperamental?
Essa canção ensurdecedora, gritando, aqui, a um passo do meu olho esquerdo. O que faço com esses raios que saem da minha cabeça? Aproveito pra matar alguém? Mato o cachorro filho d’puta que não sai da minha porta? Até fugi pelo cemitério, mas ele continuou lá, na minha cola, odeio esse cão.
Falando em animais, fui para vacinas e de vacinas para a vacina da Rubéola, a qual já tomei. E você? Vai lá Moniquita...
O que tenho tido?
Não me perguntes!
Que tenho pensado?
Não sei!
Por onde tenho andado?
Na toca, na oca, na boca da foca,
no ninho de passarinho, na rima pobre, no espinho.
O que guardo na primeira gaveta?
Bagulhos!
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imagem: Diego Velázquez
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Se vós não vistes comece a procurar porque eu também não sei onde está
O Gui disse que sou tão cínica, mas tão cínica, que chego ser sínica com s. Evidentemente, foi um elogio.
A garota que rezava.
A garota rezava?
Quando? Como? Onde? Por quê? Para que?
Sim, a alva branca de leite acreditava.
Ser feliz era ser má.
- Que morra deus então.
E deus morreu.
Verde musgo metálico.
São os vermes no seu corpo.
Corroendo ruidosamente essa carne humana. Enquanto respira, promete, canta e joga damas com o Senhor do Tempo, a lepra invisível do passar dos anos deforma suas formas sem compaixão.
Amém.
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imagem: Blonde Blythe
imagem: Blonde Blythe
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
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