quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Ao mar!

Efetivamente não me importo, apenas arrumo coisas para me preocupar transitoriamente. Nada que produza um efeito estável, o fim da viagem na montanha russa. Não poderia saber. Por que iria eu saber o que realmente importa?

Quem sabe, quem saiba seja o outro eu que vive a me perder, que morre ao me achar, que faz mosaicos dos pedaços de mim. A mim, a quem nunca alcançam, a quem nada acalma, a que já não pode dormir, a mim mesma digo:

- Existem coisas que não se pode evitar. Como quem ama não evita o beijo, o rato não evita o queijo, o louco não evita o mar.

O que me importa deve ser o mesmo que me faz torta, e que não sei o que é. Provavelmente o caminho perdido para algum lugar, o bosque mais alto do mundo, talvez. Talvez, até já tenha estado lá. Talvez, seja um plano malévolo para dominar o mundo,e fico aqui tão medíocre buscando rimas pobres. Por que será? E fico aqui branca de nuvem, por que será?

.

.

Imagem: Ernst Ludwig Kirchner

Um comentário:

Anônimo disse...

Estou feliz que continua escrevendo...
vai montando seu livro.. depois plante uma árvore e tenha um filho.. pronto vc pode ser considerada realizada!!
hehehe
saudades loka
bjus naty