segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Fábula real
Na penumbra criativa,
Onde a fumaça dança,
Tem um segredo.
Um segredo de morte,
Um segredo mortal.
Não se pode gritar um segredo,
É falta de ética e moral.
Na história pelo meio,
entre o fim e o começo,
como fosse no seio.
Disfarçada de pessoa normal
uma louca.
É a princesa,
uma dama,
A personagem principal.
Sim,
A vida nos livros de contos de fadas
É muito melhor que a vida real.
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imagem: Mary Cassatt
terça-feira, 1 de setembro de 2009
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Morri com a mulher melão
O vídeo da professora baiana no Youtube, e a mulher melão (ou será Mulher Melão?) tirando o sutiã no CQC fizeram com que me sinta um tanto repleta de pudores, LIKE A VIRGIN...
O filho do vampiro pediu mais uma vodcka, pensou bem, jogou o copo no chão e bebeu no gargalo. Sapateou no meio da sala, sofreu de terno, cheirou uma bala...
Uma frase, no meio da noite, que mude sua vida:
- O curupira!
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Imagem: Bernard Buffet
domingo, 30 de agosto de 2009
Fume seu próprio remédio
que me é difícil
mostro os dentes,
a mente,
a alma.
em uma calma falsa
que é meu escudo,
aparento estar tranqüila, paciente,
quando na verdade explUdo.
tome a pílula do dia seguinte ao tédio.
fume seu próprio remédio.
em meio a estrutura,
ora delicada,
ora bruscamente enrodilhada.
entre pessoas baratas, roupas caras, conversas chatas,
compre um cavalo azul.
em dias cor de rosa
com pensamento cinza.
Lembre-se:
A quem pense rosa em dia cinza.
tome a pílula do dia seguinte ao tédio.
fume seu próprio remédio.
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imagem: Sir Gerald Kelly
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Em consciência
Já é uma ida
essa história de
estar sempre
partindo.
No dia dos pais
vou desejar também,
dia das pães.
Numa manhã
gelada, nublada,
quando quase ninguém
ainda levantou,
estar sentada na janela
do apartamento
é de fato bom,
é de fato frio.
Jogar uma bituca no fio elétrico
bem poderia causar uma explosão.
Bem poderia acabar aqui.
Já é uma pira
essa história
de estar sempre
viajando.
Essa história
de estar sempre
SENTINDO,
ENTENDENDO,
RESPEITANDO,
LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO,
DESESPERANDO.
SOZINHA,
CONFUSA,
CHORANDO.
Não escrevo o que sinto.
Fotografo a sombra da janela.
Pinto um retrato apagado.
Vivo os dias, as noites, os anos.
Envelheço,
Crio gerações de coelhos,
Minto,
Faço troça,
E
quando olho-me no espelho
tenho medo.
Do passar dos anos,
de monstros,
de tudo que eu possa.
Já é uma
brincadeira
longa,
alguns dias triste,
essa história de estar
sempre pensando.
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Imagem: Georges Seraut